Hospital Nossa Senhora da Arrábida reforça cuidados a doentes com patologias graves ou incuráveis com foco na dignidade da pessoa e alívio do sofrimento

20/10/2021

O Hospital Nossa Senhora da Arrábida tem no seu projeto, competências acrescidas no apoio a este tipo de situações, permitindo um acompanhamento consciente, englobante, humanizado, com respeito pela dignidade de cada indivíduo.

No dia 10 de Outubro, dia Mundial dos Cuidados Paliativos, o Hospital Nossa Senhora da Arrábida relembrou o sofrimento comum a todos os doentes que são portadores de doenças graves, avançadas e terminais e recordou que é comum fazer-se associação destas situações apenas a pessoas que sofrem de cancro, porém estudos demonstram que todas as doenças crónicas no seu estádio terminal beneficiam com a aplicação da filosofia dos cuidados paliativos.

O Hospital Nossa Senhora da Arrábida acredita que todos os doentes portadores de Diabetes e Insuficiência Cardíaca em fase avançada, sequelas de Acidentes Vasculares Cerebrais, doenças do foro neurológico degenerativas (Esclerose Lateral Amiotrófica, Esclerose Múltipla, etc.), crianças com paralisia cerebral, cancro, e outro tipo de doenças crónicas graves, devem ser incluídos num plano de apoio de acordo com os princípios dos cuidados paliativos.

Este tipo de cuidados são cuidados ativos que respeitam a evolução normal da vida, mas têm um suporte especializado que pretende criar conforto, promovendo a dignidade e autonomia, de acordo com um plano de intervenção integral, total e global.

“Os cuidados paliativos ou de fim de vida não aceleram nem atrasam o falecimento, o seu objetivo é preservar a melhor qualidade de vida possível até ao momento final”, explica o Dr. André Rodrigues, médico coordenador do grupo emeis em Portugal. “Estes processos são muito frequentes nas residências, principalmente em consequência de doenças neuro degenerativas e cerebrovasculares e graves insuficiências de órgãos vitais (coração, pulmão, fígado, rim)”.

Em que consistem os cuidados paliativos?
Os avanços nos tratamentos médicos possibilitam o aumento da expectativa de vida e a manutenção do bem-estar e da qualidade de vida dos seniores ou pacientes crónicos por mais tempo. Mas, quando o desgaste é grande e o fim está próximo, os cuidados paliativos são essenciais para aliviar o sofrimento físico, mental e emocional, respeitando a sua dignidade e qualidade de vida até o último momento.

Os cuidados paliativos têm como pilares:
a) a gestão do controlo de sintomas;
b) uma estratégia de comunicação eficaz, honesta e simples;
c) apoio psicológico e espiritual, numa base de promoção da vida em pleno, com positividade e envolvimento;
d) apoio à família na doença e no luto;
e) trabalho de uma equipa interdisciplinar, com vários conhecimentos e competências, tendo em conta a complexidade da maioria das situações, no domínio físico, psicológico, social e espiritual.

Os especialistas envolvidos, a família do residente, e as equipas médicas das unidades emeis traçam objetivos realistas, mas evitando intervenções invasivas. “Nesse momento será fundamental controlar os sintomas como a dor, dispneia, anorexia, obstipação, a imobilidade, confusão, entre outros”, explica o Dr. André Rodrigues.

Acompanhamento emocional e espiritual
Por outro lado, procurar-se-á melhorar ou manter a funcionalidade da pessoa, sem esquecer os aspetos emocionais, afetivos e espirituais. “Nesta fase final, as emoções mais trabalhadas e acompanhadas são o medo, a ansiedade, a depressão e a sensação de solidão”, afirma o médico coordenador da emeis em Portugal.

Da mesma forma, é facilitado o acesso à ajuda espiritual, respeitando sempre a vontade expressa e as tradições religiosas que tenham sido manifestadas pelo doente ou pela sua família, quando o indivíduo não o pode fazer. “Cuidar do meio ambiente também é importante. Deve ser confortável e silencioso, além de promover calma e tranquilidade”, acrescenta.

Como cada um dos profissionais atua?
As equipas multidisciplinares das unidades emeis são peças fundamentais para cobrir todos os aspetos que constituem os cuidados paliativos ou cuidados de fim de vida. “Estas equipas são formadas por profissionais altamente capacitados e atentos à situação do residente e da sua família”, indica o coordenador médico da emeis em Portugal.

  • Os auxiliares de ação direta e enfermeiros são responsáveis por garantir o conforto, higiene, nutrição e o cuidado mais próximo ao residente. Eles comunicam rapidamente qualquer mudança na sua situação clínica à equipa médica para atendimento imediato.
  • A partir da psicologia, é disponibilizado ao residente apoio psicoterapêutico e, muitas vezes, ao familiar em situação de luto antecipado ou que não está a conseguir assimilar a progressão da doença.
  • Os terapeutas promovem a manutenção da funcionalidade e da autonomia, dentro do que a situação permitir. Organizam atividades de lazer e terapias de apoio e relaxamento como musicoterapia, leitura, aroma e cromoterapia, contato com a natureza, arte terapia, etc., sempre respeitando as preferências, hobbies e desejos do residente.
  • Os fisioterapeutas promovem tratamentos individualizados, balneoterapia e massagens relaxantes.
  • Na enfermaria, são controlados os sintomas e sinais que possam surgir e informa-se o médico para ajustar orientações, medicação e cuidados para garantir o maior bem-estar do residente.
  • O médico da residência é o interlocutor direto com a família e o apoio fundamental tanto para o residente como para o familiar, respondendo a todas as dúvidas que possam surgir. Da mesma forma, mantém a comunicação com as equipas de cuidados paliativos e o hospital de referência.
  • A assistente social fornece informações e apoio esclarecendo dúvidas sobre benefícios sociais e procedimentos relativos a entidades oficiais, bem como quanto à concretização dos últimos desejos.

Para que cada pessoa possa definir como deseja proceder nesta última fase da vida, recomenda-se deixar as diretrizes antecipadas refletidas na história médica.

Especialização dos profissionais emeis
Os trabalhadores das unidades emeis recebem formação em cuidados de fim de vida. “É uma preparação que permite o conhecimento desta fase vital promovendo uma atenção cuidadosa caracterizada pela empatia, proximidade, cordialidade e capacidade de escuta por parte de todos que, de forma direta, atendem o residente”, afirma o Dr. André Rodrigues, médico coordenador da emeis em Portugal.

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