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A terapia ocupacional vinculada à geriatria baseia-se fundamentalmente em facilitar a autonomia do sénior, algo que é fundamental para a sua saúde, amor-próprio e qualidade de vida.
A Terapia Ocupacional é a profissão da área da saúde que ajuda a prevenir ou resolver problemas que interferem com a capacidade das pessoas para realizarem as atividades do dia-a-dia. Para uma maior sensibilização sobre a pertinência desta intervenção, a terapeuta Sofia Presódio de Campos, do Hospital Nossa Senhora da Arrábida em Azeitão, unidade do Grupo emeis, indica 10 medidas para os seniores preservarem a sua autonomia.
O terapeuta ocupacional trabalha não só com o paciente, mas também com a família, pois desta forma é possível identificar as necessidades específicas da pessoa e do ambiente.
Após a identificação do que está a limitar a pessoa de ser independente na realização das suas atividades significativas, o terapeuta ocupacional promove o desenvolvimento das competências motoras e cognitivas inerentes à concretização das mesmas. Com a melhoria de competências e/ou com a adaptação do ambiente, físico e/ou social, o chamado “desempenho ocupacional” será mais satisfatório e, portanto, o paciente detentor de maior autonomia. As atividades significativas compreendem-se desde as Atividades de Vida Diária (AVD- vestir/despir, banho, pentear, comer, etc), Trabalho ou Lazer.
A intervenção do terapeuta ocupacional compreende a realização de exercícios analíticos, para melhoria das competências motoras (força, destreza, coordenação, etc) e/ou cognitivas (memória, atenção, orientação, capacidade de resolução de problemas, etc); o chamado “Treino de AVD” acompanhado do ensino de estratégias para aumentar a autonomia e independência; e a adaptação do ambiente. O ambiente pode ser adaptado através da recomendação de produtos de apoio e/ou do ensino de estratégias à família.
10 MEDIDAS PARA OS SENIORES PRESERVAREM A SUA AUTONOMIA
1. Vigie a sua saúde
Consulte regularmente o seu médico ou enfermeiro. Cumpra adequadamente a medicação prescrita, controle os seus sinais vitais (pressão arterial, temperatura, glicémia), pois ajuda a prevenir consequências indesejáveis de doenças existentes e aumenta a probabilidade de diagnóstico precoce/atempado de novas doenças.
2. Tenha uma alimentação equilibrada
O que comemos contribui ativamente para a nossa saúde. Deverá ter uma alimentação adequada em quantidade, ingredientes e tempero, de acordo com a sua condição clínica e atividade. Não menos importante, deverá ingerir água suficiente para manter o corpo hidratado, mesmo que não tenha sede.
3. Exercite-se
O exercício físico é fundamental para o aumento ou manutenção de competências motoras. Qualquer exercício é benéfico, porém deverá ser acompanhado por profissionais certificados, capazes de adequar os exercícios às suas necessidades.
4. Estimule a sua cognição
É essencial para retardar o surgimento e o avançar de demências. A prevenção pode ser realizada com “Sopa de letras”, “Sudoku”, ler o jornal, escrever, recordar álbuns de fotografias, faça o que lhe der mais prazer! No entanto, quando há diagnóstico de demência, a estimulação cognitiva deverá ser orientada por profissionais certificados, para avaliação especializada.
5. Cama, só para dormir!
Mesmo nos dias em que não se sente tão bem, realizar o chamado “levante” promove benefícios no sistema respiratório, circulação, estimula o equilíbrio e a interação com o meio físico e social. Previne também perda de massa muscular. Sair da sua residência também é importante para manter interação com pessoas, explorar o comércio local, por exemplo.
6. Interaja com outras pessoas
Estar com outras pessoas, participar em atividades de grupo, ou individuais em conjunto, previne o humor deprimido, e promove o bem-estar geral.
7. Mesmo que demore mais tempo, faça!
Dentro das suas possibilidades, e mesmo que demore mais tempo, não descure de realizar as tarefas da sua rotina, como pentear-se, lavar os dentes, ou mesmo maquilhar-se. Não deixe que façam tudo por si, com o objetivo de “ser mais rápido”.
8. O seu ambiente deve estar adaptado
Cada pessoa com défices motores ou cognitivos, revela dificuldades diferentes na realização das tarefas e atividades no dia-a-dia. Desta forma, a adaptação deve ser à medida de cada um. Alterações na disposição dos móveis, tapetes, colocação de barras de apoio, cadeira de banho, devem ser avaliadas e recomendadas por profissionais credenciados para o efeito.
9. Tome as suas próprias decisões
Escolha sempre o que lhe apetece vestir, que alimentos quer comer, que atividades realizar. A sua opinião conta e faz com que tenha prazer no seu dia-a-dia.
10. Deixe a sua família participar
O envolvimento da sua família é crucial para o melhor acompanhamento e correspondência das suas necessidades especificas. Em conjunto com a sua família, siga as recomendações dos profissionais adequados e esclareça eventuais dúvidas, é fundamental para o sucesso da intervenção e prevenir e/ou antecipar situações menos boas.